Grande quantidade de hormônios produzidos na gravidez e estímulo das mamas no aleitamento são proteções naturais ao corpo da mulher contra os tumores
O diagnóstico precoce do câncer de mama é uma das razões do sucesso nos tratamentos, mas o que pouco se comenta e poderia ser foco de ampliação para o debate é que a gestante e a mãe que amamenta têm menores chances de desenvolver a doença, a mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma.
A gestação é a maior das proteções contra o câncer de mama, doença causada pela multiplicação desordenada das células e que dão origem aos tumores. Quando a mulher está gravida, a grande quantidade de hormônios produzidos pelo corpo nesse período provoca o fortalecimento das glândulas mamárias, que pode ser capaz de evitar o surgimento de células cancerígenas nessa região.
Também, para as mulheres, a amamentação acelera a recuperação do útero, diminui os riscos de sangramentos e anemia, evita doenças cardiovasculares e depressão e, acima de tudo, previne o câncer de mama. Além disso, o leite materno traz diversos benefícios aos bebês, pois evita infecções gastrointestinais, otites, diabetes, obesidade infantil, problemas pulmonares e auxilia no desenvolvimento cognitivo por fornecer uma quantidade personalizada e exclusiva de nutrientes para cada fase, diferentemente dos leites industrializados. Por isso, na gestação e na amamentação ganham os bebês e as mães.
Anualmente, 60 mil brasileiras são diagnosticadas com a patologia e o grupo mais atingido é de mulheres com mais de 50 anos. Ao longo dos anos, as mais jovens também têm sido atingidas: nas mulheres com menos de 35 anos, a incidência hoje está entre 4% e 5% dos casos – faixa etária em que historicamente apenas 2% dos casos eram observados. Isto porque outras questões influenciam e deixam de ser fatores protetores contra o câncer de mama, como a gestação tardia e hábitos de vida pouco saudáveis.
“Essa pode ser uma das explicações para a alta incidência dos cânceres de mama atualmente. Como as mulheres não têm mais tantos filhos, passam a vida toda sem esses hormônios e sem o estímulo da amamentação”, explica Dr. José Roberto Piato, mastologista do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Ainda, não há uma comprovação específica que explica o motivo de o aleitamento materno estar associado à prevenção do câncer de mama. Mas de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), um estudo com mulheres de 30 diferentes nacionalidades revela que o risco de contrair a doença diminui 4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação.
Há também estudos que apontam outros fatores, sendo que um deles pode ser entendido do ponto de vista hormonal. Quando a mulher amamenta, bloqueia os ciclos ovulatórios, que contribuem para reduzir a sobrecarga hormonal. Como o câncer de mama sofre influência de hormônios femininos, essa pode ser uma das explicações. A outra pode estar relacionada à ação física direta do contato do bebê com a mãe. O movimento de sucção do leite promove a esfoliação do tecido mamário e permite renovar as células agredidas.
“Durante o aleitamento, as características físicas do bebê, desde temperatura, umidade e força bucal, liberam substâncias anti-inflamatórias na mama capazes de inibir processos anômalos de células”, completa Dr. Piato.
Por esses múltiplos benefícios, um dos principais focos de trabalho do Santa Joana está no incentivo à amamentação logo na primeira hora após o parto. Em condições clínicas adequadas, o bebê vai diretamente para o colo da mãe (contato pele a pele) e, nesse momento, a amamentação é incentivada como parte das ações da Hora Dourada, primeira hora de vida do bebê. Também, ao longo da passagem das mães pela Maternidade, os pediatras e a equipe de enfermagem conduzem todo o direcionamento e apoio necessários à continuidade do aleitamento materno em casa, para que seja a única fonte de nutrição do bebê até os seis meses de vida, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além do apoio necessário às mães lactantes, o Santa Joana também iniciou o serviço de Oncoginecologia e Mastologia para diagnóstico focado em tratamento de patologias oncológicas pélvicas e mamárias. As equipes contam com profissionais multidisciplinares que proporcionam atendimento integrado e assistência, desde a fase de diagnósticos, até tratamentos e área cirúrgica.
Diante disso, um dos pontos estruturais de trabalho no Santa Joana está no campo da prevenção, e o diagnóstico precoce é o melhor cenário de perspectiva para o sucesso no tratamento do câncer de mama. A Maternidade, que já é referência como centro de excelência em obstetrícia durante a vida da mulher em fase gestacional, também atua no campo da prevenção ao câncer de mama – um dos de maior incidência entre as mulheres. O Hospital conta com toda infraestrutura necessária e profissionais com vasta experiência para acompanhar mulheres de qualquer idade no incentivo do cuidado de sua saúde durante toda sua vida.
Sobre o Hospital e Maternidade Santa Joana
O Hospital e Maternidade Santa Joana é reconhecido como um grande centro especializado nos cuidados com a saúde integral da mulher e do neonato, além de oferecer serviços de alta complexidade para gestações de risco. Referência internacional no atendimento de prematuros de alta complexidade no Brasil, com UTI Neonatal especializada no tratamento de bebês com problemas neurológicos. Além disso, conta com outros quatro protocolos de atendimento voltados para nascimentos pré-termo em suas UTIs Neonatais, dentre eles cirúrgico, cardíaco, prematuro extremo e longa permanência, e UTI Adulto – todas equipadas com o que há de mais avançado no segmento. O Santa Joana também oferece serviços de Medicina Fetal, Centros de Endometriose e Imunização. Uma das Instituições que mais investem em tecnologia hospitalar e infraestrutura é acreditado pela Joint Commission International (JCI), a mais importante certificação hospitalar do mundo, que atesta a excelência do hospital em segurança do paciente e qualidade do atendimento. Visite o site: www.santajoana.com.br.