Quais são os maiores desafios de uma mãe? Ou melhor, quais as maiores dúvidas? Colocar um filho no mundo implica em uma série de questionamento, dos mais simples como os primeiros cuidados do dia a dia, até questões que envolvem crenças, ética e valores.
Mesmo frente a um universo de opiniões, achismo, e infindáveis conselhos, elas seguem em frente com que acreditam para dar o melhor a seus futuros filhos ou para aqueles que já nasceram.
Essa barreira foi quebrada por algumas mães que deixaram o conforto dos seus lares e a ajuda da família, e se lançaram na aventura de ter seus filhos em outro país. Esse, foi o caso de Fernanda Pedroso. Ela, que já possui uma filha de oito anos, teve o seu segundo filho em Miami. Rodrigo Filho nasceu no dia 15 de dezembro de 2015. “ Infelizmente eu não conhecia a clínica Ser Mamãe em Miami antes, senão também teria minha nos Estados Unidos. O parto foi perfeito, tudo correu muito bem. Depois, já no quarto, as enfermeiras foram muito carinhosas. Me senti muito segura no hospital e a todo momento sempre tinha alguém para me perguntar se precisava de algo”, destaca.
Um dos motivos para ter o seu bebe longe do Brasil também foi a cidadania americana. “ Eu e meu esposo acreditamos que devemos dar a melhor educação possível e sem dúvida as melhores universidades estão nos EUA. Além disso, a cultura norte americana me fascina e creio que eles poderão ser pessoas melhores por conviver nesse ambiente”, afirma.
Fernanda já teve seu primeiro parto em Goiânia, cidade que, segundo ela conta, não dispõe de uma infraestrutura hospitalar satisfatória. “ O médico que me atendeu do Brasil é maravilhoso e tenho com ele uma relação de amizade. Pensei que fosse sentir falta disso, mas a equipe do Dr. Cadenas me acolheu com muito carinho, assim como o Dr. Wladimir que sempre foi muito atencioso. Não acreditei quando ele foi até a minha casa, à noite, para examinar o meu filho. Essa sensibilidade me surpreendeu. Isto, com certeza, não teria no Brasil”, relata.
Durante três meses em que ficou no país, a filha mais velha de Fernanda também frequentou uma instituição de ensino, colecionando assim outras experiências marcantes para a sua infância. “ Fui abençoada com essa oportunidade. Além de estreitar laços familiares, consegui dedicar mais tempo a família. Toda experiência foi um grande aprendizado. Hoje, sou muito mais forte do que pensava e posso ser feliz sem todo esse serviço que nos rodeia e principalmente que são as coisas simples que nos trazem felicidade”, finaliza.
Cintia Canineu embarcou para o universo da maternidade também em Miami. Sua filha nasceu no final de março. “ Quando uma mulher rompe barreiras e quebra paradigmas, ela se torna imbatível. Posso dizer que sou uma pessoa vencedora, porque consegui conquistar o meu objetivo, que é de proporcionar, por meio da cidadania americana, um futuro melhor para a minha filha”, destaca.
A diferença, segundo relata a paciente, já começa no próprio consultório do obstetra. “ Ele examina e já faz o ultrassom. O pediatra faz a consulta na casa do bebe, e isso ajuda muito”, desabafa.
A professora de educação física lembra que foi muito difícil ficar longe da família nesse momento tão especial. “ Quando temos um sonho é preciso ir até o fim e por isso, todo o esforço e válido. Com certeza viramos uma fortaleza, nada poderá deter uma mãe totalmente independente e determinada. Meu próximo filho também nascerá nos Estados Unidos”, afirma Cintia.
O bebe de Renata Rockenbach ainda não nasceu, mas ela já está nos Estados Unidos aguardando o momento em que dará à luz. Mesmo sendo medica, e seu marido também, e tendo todos os tipos de serviço a disposição no Brasil, não pensou duas vezes. “Se afastar de todo conforto e segurança gera ansiedade, o que é normal, mas confesso que estou lidando muito bem com isso. Tem que vir para cá segura do que se está fazendo e principalmente, confiando nos profissionais que estão nos acompanhando. Desde o primeiro contato com o Dr Lorentz e com Dr Cardenas, fiquei mais tranquila”, explica.
A médica relata que foi uma decisão bastante difícil, principalmente porque teve que se afastar do trabalho mais cedo. “ Meu marido só vem para o nascimento. Minha mãe virá somente um pouco antes do parto. Estou sozinha contando apenas com a ajuda de uma amiga de infância que reside aqui”, desabafa.
Estar longe de todas as referências e da família valem o esforço para dar ao filho um futuro melhor. “O Brasil, infelizmente, se tornou um país repleto de dúvidas e problemas, e não sabemos o que irá acontecer. Não temos também passaporte estrangeiro (italiano, alemao…) que muitos conseguem no Brasil, então optamos por ter o nosso primeiro filho em solo americano, para que tenha acesso a várias oportunidades que somente uma cidadania americana proporcionará”, relata a médica.
Em todas as consultas, Renata explica que o colo do útero é examinado. “ Esse cuidado é para saber se a mamãe tem dilatação. Entretanto, no Brasil, esse procedimento não é protocolo realizar, por isso eu não o fiz anteriormente, o que me deixava um pouco insegura porque tenho contrações irregulares. Eu sou ginecologista e obstetra, então para mim pode ser um pouco mais “diferente” do que as mamães que não são médicas no Brasil”, destaca.
Para auxiliar todas essas mulheres nesta jornada, foi criada uma cooperativa de clínicas composta por profissionais bilíngues, e de diversas áreas, para atender as necessidades tanto das mães como dos pequenos. O pediatra Wladimir Lorentz, um dos diretores, explica que a equipe atende pacientes de outros países, usualmente a partir da 32ª semana de gestação. São realizados os acompanhamentos do pré-natal, parto e pós-parto. O valor é o mesmo cobrado de pacientes que residem nos Estados Unidos. Entretanto, vale lembrar que o investimento total pode variar, porque é preciso ficar até que o bebê complete dois meses.
Ernesto Cardenas, um dos diretores da cooperativa, explica que ir para Miami com o intuito de comprar, investir e ter filhos que se tornarão cidadãos produtivos que pagam impostos, também aquece a economia dos Estados Unidos. “ No site Ser Mamãe em Miami há recomendações de agentes imobiliários locais que falam português, advogados, faxineiras, e alguns serviços de estética”, complementa o especialista.
Sobe para 30% procura por parto em Miami
Wladimir Lorentz explica que a equipe já fez o parto de 20 brasileiras. Em Miami estão, atualmente, 20 gestantes já próximas da data do parto. No Brasil, há cerca de 40 que estão para vir.
Além de contar com toda estrutura médica que o país, que é referência em saúde, oferece e ter um filho americano, o pediatra atribui o crescimento também ao medo do Zika Vírus. “ Nos últimos meses a porcentagem de interessados aumento consideravelmente. Tem sido ao redor de 30% em relação a contatos novos. Que de fato resolveram, são trinta ao mês. Antes, não havia interessadas por este motivo”, destaca o diretor.
A clínica também possui toda estrutura necessária para que os partos sejam humanizados. “ É espantoso o alto índice de cessarias no Brasil. Muitas pacientes, que também nos procuram, dizem ter medo de ter que passar por alguma cirurgia ou procedimento desnecessário o que colocaria a vida dela e do bebe em risco. Se o quadro for favorável e estiver tudo bem, não há motivos par isto”, relata o médico.
Fonte: Ser Mamãe em Miami