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Gravidez ectópica: sintomas, causas e tratamentos

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Ficar grávida é se abrir, também, para uma ‘revolução’ que passa a acontecer dentro do próprio corpo. Da fecundação ao nascimento da criança, um dos processos que pode sofrer complicações é a implantação do óvulo fecundado, que pode ocorrer fora da cavidade do útero, geralmente nas tubas uterinas (antes conhecidas como Trompas de Falópio). Esta situação é denominada gravidez ectópica. Ela pode apresentar risco para a mãe e a gestação raramente é levada até o fim.

De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, o desenvolvimento do bebê é inviável quando acontece nas tubas. “Houve casos em que a gravidez ectópica ocorreu de forma intra-abdominal e conseguiu se desenvolver, mas são casos isolados e extremamente raros. Como a maioria das gestações ectópicas é intratubária, nessas não há nenhuma chance de a gravidez seguir adiante, pois com o desenvolvimento fetal essa tuba se romperá”, explica.

É com o rompimento da trompa que pode surgir um grande risco para a mãe. Isso pode gerar sangramento intra-abdominal e choque hemorrágico com risco de morte para a paciente.
Sintomas

Para evitar que o rompimento da tuba aconteça, o diagnóstico precoce é a melhor precaução. Mas não é tão fácil se chegar a ele. Os sintomas geralmente são inespecíficos e cerca de 50% dos casos não se diagnostica na primeira visita ao médico. Dor em baixo-ventre de maneira progressiva, dor unilateral e sangramento vaginal são importantes para levantar a suspeita. Para tirar a dúvida, exame de ultrassonografia pélvica transvaginal, além de exame físico feito pelo médico, são recomendados por Domingos.

Causas

De acordo com os especialistas, a gravidez ectópica acontece quando ocorre um atraso no transporte do óvulo fecundado, por conta de uma anormalidade com que ele se depara enquanto está passando pela tuba uterina.

Esses ‘percalços’ podem acontecer graças às aderências tubárias, infecções pélvicas, cirurgias pélvicas prévias, gestação ectópica anterior, idade materna avançada, má formação tubária, endometriose, tabagismo ou grande número de parceiros sexuais diferentes. No entanto, estes fatores de predisposição nem sempre são necessários para que a gestação fora do útero aconteça. Metade dos casos não apresenta fatores de risco associados.

Tratamentos

Depois de descoberta a gravidez ectópica, que acontece entre 1 e 2% das gestações, é hora de tratar imediatamente. O processo precisa ser estudado caso a caso, de acordo com como se apresenta a gravidez e em que etapa ela está, mas na maioria dos casos é necessário tratamento cirúrgico, por videolaparoscopia ou laparotomia. Mas há casos em que medicamentos são suficientes. O método, no entanto, deve ser apontado pelo especialista.

A boa notícia para as (futuras) mamães é que, segundo os médicos, mesmo após o susto, uma gestação intrauterina saudável podem acontecer sem complicações.

Confira o Vídeo:

 




 

Fonte: Dr. Domingos Mantelli