Algumas crianças se destacam aos olhos dos pais por sua personalidade e determinação. Mas será que agir de forma tão independente, de forma a causar influência a todos os outros que o cercam e expressar suas opiniões sobre qualquer assunto é saudável?
A Coordenadora do Colégio Itatiaia, Cláudia Razuk, esclarece que em primeiro lugar, os pais devem sentar e avaliar a rotina da casa e da criança e listar as situações em que ela poderá opinar e decidir. E deixar claro que a decisão final será dos pais.
“Há necessidade de criar esse hábito desde cedo, sempre por meio de muitas conversas. No início, e dependendo da idade, a criança participa de decisões simples e corriqueiras e, com o passar do tempo e crescimento da confiança de que está se saindo bem em suas decisões diárias, vai se abrindo o leque, dando a ela mais corda”, afirma Cláudia.
No entanto, a dúvida de muitos pais é: quando o limite será necessário? Segundo a coordenadora, quando a criança tentar tomar uma decisão errada, é a hora de tentar fazê-la perceber o erro. “Lançar outras alternativas que se aproximem da sua ideia e objetivo inicial, funciona como uma forma de negociação”.
Filhos que crescem autônomos, seguros de si e cheios de vontades, precisam superar algumas situações sozinhos, sempre observados e orientados pelos pais quando necessário. Mesmo que possuam uma personalidade dominante, podem aprender a usá-la a seu favor para desenvolver seu crescimento e conhecimento.
E para que isso seja possível, é essencial o alicerce familiar. É ali que a criança aprende os valores, as regras, para que respeite os adultos e seja respeitada, cercada de muito amor e cada vez mais preparada para o mundo que a espera.