Sempre Materna

Implante de silicone não atrapalha amamentação

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O leite materno é fundamental para o desenvolvimento infantil, já que possui todos os nutrientes que um bebê precisa até aproximadamente seus seis meses de idade e essa importância gera dúvidas em futuras mamães quanto ao uso de implantes de silicone.

Segundo Alderson Luiz Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), um questionamento comum nos consultórios de cirurgia plástica é se o implante de silicone pode atrapalhar a amamentação da criança, especialmente nas mulheres que ainda não tiveram filhos. “A resposta depende basicamente de dois fatores – o tamanho da prótese e o local onde ela foi posicionada. O implante pode ser colocado por trás do músculo peitoral, entre ele e as glândulas mamárias ou ainda entre a fascia peitoral e o músculo. A primeira opção é uma das mais utilizadas, pois o resultado final fica mais visível e é o que as clientes mais jovens solicitam”, esclarece.

Pacheco explica que quando a prótese é maior do que o recomendado há riscos da produção de leite ser prejudicada, pois o silicone pode comprimir os canais por onde o alimento é transportado, dificultando sua passagem. “Isto raramente acontece porque o organismo tem enorme poder de adaptação. Com as inovações tecnológicas utilizadas na fabricação de próteses e também nos procedimentos cirúrgicos as chances de ocorrer algum problema na amamentação é quase nulo”, explica o especialista, mestre em Princípios da Cirurgia com laser.

Após o implante, a paciente deve aguardar, no mínimo, quatro meses para engravidar sem correr risco durante a gestação. Mas para evitar estrias o mais prudente é esperar seis meses, pois durante a amamentação a glândula mamária aumenta de tamanho e somando-se ao aumento da prótese pode ocorrer um estiramento da pele, causando estrias. “Quem já é mãe deve aguardar pelo menos seis meses após o término da produção de leite para se submeter à cirurgia”, destaca.