De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos diagnósticos de infertilidade são de homens. O problema pode estar relacionado principalmente a quadros como varicocele, que se refere ao alargamento das veias dos testículos, infecções urogenitais e hipogonadismo – condição em que os testículos não produzem quantidades adequadas de testosterona.
A Sempre Materna conversou com o Dr. Silvio Pires, urologista da Criogênesis, que nos contou que além dessas situações, existem diversos outros fatores que podem originar a patologia, sendo a falta de atenção com a saúde um fator central no aumento dos problemas relacionados à fertilidade masculina. Abaixo, o especialista lista hábitos que devem ser evitados quando o assunto é a saúde dos espermatozoides. Confira:
• Estresse
O estresse causa desequilíbrio em processos fisiológicos que podem interferir na produção de hormônios reprodutivos importantes e, no homem, favorecem o surgimento de proteínas inflamatórias que prejudicam a qualidade do esperma. “Ele pode diminuir a concentração de espermatozoides no sêmen, além de causar deformações e prejudicar a sua mobilidade, reduzindo a capacidade de fecundação”, explica o médico.
• Exposição a plásticos
Plásticos que contenham BPA, o composto químico bisfenol, são nocivos à saúde. Apesar disso, o material está presente em DVDs, computadores, eletrodomésticos e até mesmo no revestimento para latas de comidas e bebidas. Dr. Silvio comenta que o contato constante com o composto químico pode interferir em importantes vias hormonais na glândula tireoide e acabar inibindo os efeitos da testosterona, que atua na produção do esperma.
• Uso de determinados medicamentos
Antidepressivos tricíclicos, remédios para a pressão alta, esteroides anabolizantes e medicamentos para tratar artrite reumatoide ou a colite ulcerativa, estão estre as drogas que podem agir negativamente à fertilidade masculina. Segundo o urologista, pode-se causar o desequilíbrio dos níveis hormonais, levando à diminuição da fertilidade. “De regra o problema é capaz de ser resolvido através da suspensão do uso do fármaco”, indica.
• Dieta não balanceada
A qualidade da nossa alimentação age em grande parte dos processos do organismo, incluindo a fertilidade. “Vitaminas e minerais, provenientes principalmente de frutas, vegetais e legumes, garantem o devido funcionamento do corpo como um todo. Para os casais que desejam engravidar, alimentos ricos em nutrientes, como ômega-3 e selênio, dentre eles, como peixes, ovos e sementes, são essenciais, já que auxiliam no bom desempenho dos órgãos reprodutores”, explica o médico.
Além disso, uma vida sedentária, sem a prática de exercícios físicos, facilita o aumento de peso, que também pode prejudicar a saúde seminal. O especialista informa que o excesso de gordura abdominal leva uma ascensão da temperatura dos testículos, o que afeta a qualidade do sêmen.
• Tabagismo e excesso de bebidas alcóolicas
Dr. Silvio ainda destaca que o tabaco com o consumo exagerado de álcool, pode impactar na qualidade do espermatozoide. “Os componentes tóxicos presentes no cigarro, como a nicotina e o alcatrão, diminuem drasticamente a qualidade reprodutiva. No caso dos homens, reduz a quantidade de espermatozoides e fragmenta o DNA do esperma, afetando a capacidade de fecundação, além de contribuir para a perda do apetite sexual e a disfunção erétil”.
Já as bebidas alcoólicas, assim como o tabagismo, quando ingeridas em grandes quantidades, ocasionam a diminuição dos níveis de testosterona e, consequentemente, resultam na redução da produção e quantidade de esperma. “A verdade é que os excessos nunca são favoráveis à saúde, mas, no caso dessas substâncias, quando evitadas, podem melhorar a saúde do organismo de homens e mulheres”, aponta.
Fonte e Foto: Criogênesis www.criogenesis.com.br