Não é uma lição de moral, mas um pedido para que as pessoas sejam mais agradáveis com as gestantes
Na segunda gravidez, a jornalista, publicitária e empresária Tatiana Kinoshita comprovou o quanto os comentários e grosserias dirigidos a uma gestante lhe provocavam profunda irritação e espanto. Observadora do cotidiano, logo percebeu que o que ouviu em seus meses de espera pelo nascimento das filhas Isadora e Chiara não eram exclusividades suas. O incentivo final para escrever o livro veio da médica que fez a primeira ultrassonografia da segunda gestação. “Comentei com ela com muita insatisfação que teria que ouvir todas as baboseiras tipo ‘Nossa que barriga enorme, só tem um bebê ai dentro?” ou Quem mandou dormir sem calcinha”. Para minha surpresa, a médica, que também é mãe, comentou outras abordagens grosseiras feitas às grávidas e sugeriu: ‘Alguém tem que escrever um livro sobre o que jamais dizer a uma mulher grávida’. Era o que eu precisava ouvir e foi o que eu decidi fazer”, relata.
De maneira muito bem humorada e direta, reuniu no livro “O que jamais dizer a uma mulher grávida”, sua vivência nas duas gestações e também de grávidas que entrevistou ao longo das 40 semanas de gestação. “Chegava nas consultas do pré-natal uma hora antes, munida com caneta e um bloco de notas, e fazia verdadeiras DRs com 12, 15 gestantes ao mesmo tempo. O meu obstetra dizia precisa fazer essa bagunça toda vez que vem para a consulta’?”, conta a autora.
As redes sociais facilitaram e muito a comunicação com mamães de outros países. “Assim puder ver que certos comentários e crendices populares são parecidas em vários países do mundo”, completa. Além de citar situações das mais variadas com parentes, amigos, colegas de trabalho, conhecidos e até desconhecidos, Tatiana relata momentos que soam engraçados não fossem constrangedores. Não há fórmula mágica para ensinar as pessoas a serem gentis e educadas, mas é preciso que as pessoas compreendam que é possível evitar que a grávida conviva com essas situações. Com ilustrações de Zé Dassilva e prefácio da modelo e atriz Letícia Birkheuer, o livro é para aprender e se divertir.
“O livro não pretende dar lição de moral, mas mostrar algumas situações que podem ser chamadas de ‘etiqueta para lidar com uma gestante’.
A parceria com Zé Dassilva, que em suas ilustrações fez questão de colocar como os pais ficam nesta história, extrapola mais de uma década de convívio pessoal, complementa o trabalho de 58 páginas, editado pela Chiado Editora, para a Coleção Passos Perdidos.
A autora
Tatiana Kinoshita nasceu em São Paulo. É descendente de japoneses e italianos, se apaixonou cedo pela publicidade e ainda adolescente fez curso técnico nesta área. Foi como publicitária que descobriu o fascínio pelas palavras e optou pelo jornalismo. Durante a faculdade foi convidada por um de seus professores, o escritor e também jornalista Cláudio Tognolli, a fazer parte do quadro de jornalistas do extinto Jornal da Tarde, onde efetivamente começou sua carreira. Em 1999, mudou-se para Florianópolis para trabalhar no jornal Diário Catarinense. Também foi repórter na TVAL, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina onde idealizou, dirigiu e teve seu trabalho reconhecido. Tem no currículo o Prêmio Fiesc de Jornalismo (2007), finalista nacional do Prêmio Sebrae de Jornalismo (2008), Menção Honrosa no Prêmio Fatma de Jornalismo (2009) e finalista do Prêmio Unimed de Jornalismo (2010). É fundadora da agência de notícias 1Click Comunicação Multimídia especialista em webvídeos e redes sociais. É casada com o jornalista Rafael Martini e mãe da Isadora e Chiara.
O ilustrador
Zé Dassilva é cartunista e roteirista, com trabalhos nos mais importantes jornais e revistas brasileiros. Desde 1998, publica suas charges no jornal Diário Catarinense. Além de vinhetas e animações para a TV Globo e SporTV, Zé Dassilva foi roteirista de programas de humor, como Sai de Baixo, Casseta & Planeta, Os Caras de Pau, Sob Nova Direção, e das novelas Malhação e Império. O traço inspirado de Zé Dassilva também ilustra questões de concursos vestibulares. Zé Dassilva é autor do “Riscando o ano”, que reúne as charges publicadas no Diário Catarinense em 2012 e também do livro “Almanaque do futebol catarinense”, produzido em parceria com o jornalista Émerson Gasperin, e que conta os 100 anos de história do futebol catarinense.
Fonte: Chiado Editora – 1clickcomunicacao