Com os avanços e as conquistas da mulher no mercado de trabalho, a cada dia elas ganham mais destaque e ampliam o papel social no mundo.
Atualmente, para ser mãe é preciso saber dividir o tempo e espaço entre o filho e a vida profissional, o que para algumas mulheres é sinônimo de não cumprir o seu dever materno.
O mito da mãe perfeita ainda persiste no pensamento de muitas pessoas. A sociedade criou estereótipos que ao invés de ajudar, pode atrapalhar na relação materna.
Na verdade, há algumas necessidades básicas que devem ser feitas para o bem-estar do pequeno, outras são apenas complementos, e podem ser adaptadas sem que prejudique a felicidade do seu filho.
Uma boa mãe, em primeiro lugar, deve amar a si própria. Os cuidados com seu corpo, sua vida e com o casamento devem continuar normalmente, pois um filho vem para adicionar coisas boas. Saber dividir a função de mãe, mulher e esposa são essenciais para o bom convívio da família e desenvolvimento psicológico da criança.
Por isso, é importante que cada mãe veja sua real necessidade para adequar seus horários aos afazeres do dia-a-dia. E lembre-se que: o carinho e amor de mãe são as únicas coisas insubstituíveis na vida de um filho.
Saiba mais:
No imaginário social:
– mãe é sinônimo de amor, entrega, afeição, devoção e dedicação absoluta ao filho;
– maternidade significa feminilidade, e esta é a principal função da mulher na sociedade; é a personificação do ideal de bondade, coragem, doçura, dedicação e amor incondicional;
– mãe é responsável pelo cuidado e bem estar físico e emocional do filho;
– boa mulher = boa mãe que se abdica dos desejos e necessidades pessoais;
– no passado amas ou babás eram substitutas das mães ausentes ou incapazes de exercerem a maternidade;
– relação materno-filial adequada exige presença constante da mulher-mãe no lar e ao lado dos filhos, sacrificando sua vida pessoal, carreira ou lazer;
– amamentação é função indispensável da boa mãe e prova de amor ao filho;
Mãe moderna:
– mulher no mercado de trabalho transformou relações conjugais e a dinâmica familiar;
– atualmente CULPA E MATERNIDADE são sinônimos já que a culpa é um sentimento que encontra forte relação na cultura e no processo de educação e socialização do indivíduo;
– culpa materna se refere à mãe insuficientemente boa por não permanecer em tempo integral ao lado do filho. A culpa se intensifica quando a ausência de dá para a mãe cuidar de si como ir ao cabeleireiro, academia ou encontrar com amigas;
– cuidar de si = resgate de auto-estima. Importância da boa auto-estima para desempenhar os papéis sociais, inclusive maternidade;
Mãe suficientemente boa:
– consegue adequar necessidades pessoais à maternidade;
– sintonizada e supridora das necessidades da criança;
– Holding Materno: oferece suporte físico e psíquico à criança, criando hábitos e rotinas que permitam ao bebê se relacionar com o mundo;
– Continente Materno: auxílio nas angústias, medos, ansiedades. Capacidade de acolher, conter, decodificar e nomear sentimentos;
– mães atuais não devem sentir-se prisioneiras da imagem santificada da maternidade, pois hoje podem e devem exercer seus papéis livres de clichês ou tabus.