Exame é capaz de revelar tumores que só seriam descobertos pelo tato dois anos mais tarde.
Precisamos sempre lembrar que os exames preventivos do câncer de mama precisam estar sempre em dia. Além do autoexame, que as mulheres podem fazer sempre durante o banho, pelo menos anualmente as mulheres acima de 40 anos precisam realizar a mamografia, de acordo com recomendações da Sociedade Brasileira de Mastologia.
“A radiografia das mamas, ou mamografia, é capaz de detectar precocemente nódulos ou tumores, o que o torna este exame tão importante”, destaca Dr. Fabio Cabar, médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Antes dos 35 ou 40 anos, o ultrassom é mais indicado, exceto para as mulheres com familiares que foram diagnosticadas com câncer de mama. “Nestes casos, analisamos o histórico da paciente, mas recomendamos que os exames anuais de mamografia comecem a partir dos 25 anos ou 10 anos antes da idade em que a familiar mais jovem descobriu o tumor”, detalha Dr. Cabar.
Por meio da mamografia, é possível encontrar nódulos milimétricos. “Muitas mulheres evitam o exame por ser incômodo, já que é realizada uma compressão da mama, mas precisam ter consciência que o índice de cura para tumores em estágio inicial é muito alto”, completou Dr. Cabar.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo e, de acordo com os últimos estudos, a sua incidência tem aumentado tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Hoje, a mamografia é considerada é o melhor teste isolado para detectar anomalias que poderiam ser um sinal precoce do câncer de mama. Segundo especialistas, este exame é capaz de revelar um tumor que só perceberíamos pelo tato dois anos depois.
Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que ao ano o Brasil apresente 52.680 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Conforme ressalta a Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Para os homens, a proporção é de 1:100, ou seja, a cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença.
Fonte: Dr. Fabio Cabar em Obstetrícia e Ginecologia pela Universidade de São Paulo e especialista em Reprodução Humana.