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Mês mundial da infertilidade: entenda questões importantes sobre esse problema

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Com avanço da medicina, tratamentos contribuem para que as pessoas realizem o sonho de ter filhos

 

A infertilidade é uma questão que assombra todas as pessoas que pretendem ter um filho e se deparam com alguma dificuldade. No Brasil, calcula-se que mais de 278 mil casais em idade fértil não conseguem ter um filho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades científicas, entre 8% e 15% dos casais possuem algum problema de infertilidade. Esta deficiência é definida pela incapacidade de um casal alcançar a tão esperada gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de contraceptivos.

As chances de um casal fértil engravidar variam entre aproximadamente 15% a 25% por mês. E, após um ano de tentativas, essa taxa cumulativa será de 80%. Por isso, é necessário esse tempo de espera para iniciar uma investigação.

Segundo Dr. Philip Wolff, especialista em BiotecnologiaDiretor e Responsável Técnico pelos laboratórios de Andrologia, Embriologia e Criopreservação na Clínica Genics, o diagnóstico conclusivo de infertilidade também ocorre com mulheres que já são mães  e, igualmente, às que chegam a engravidar, mas não conseguem manter a gestação até o final por questões decorrentes do organismo. O mesmo acontece com homens que já tem um filho, mas não conseguem ter o segundo.

As causas que influenciam a infertilidade primária e secundária são praticamente iguais. Nos homens, ocorre devido à baixa contagem e qualidade de espermas, à varicocele (varizes nos testículos) e problemas de ejaculação. Quando se trata da mulher, disfunção ovulatória, alteração das tubas uterinas, endometriose e fator uterino estão entre as principais causas. Para ambos, a construção tardia da família também é um agravante que decorre desses problemas, aliados ao envelhecimento dos óvulos e adiminuição dos espermas.

Ainda de acordo com Dr. Philip Wolff, a incidência de mulheres que esgotam a sua reserva de óvulos está aumentando significativamente, o que indica ocorrência de falência ovariana precoce. Por outro lado, a contagem de espermatozoides ejaculados pelo homem vem diminuindo consideravelmente nas últimas décadas. “O estilo de vida inadequado e os poluentes ambientais são as principais causas da queda da fertilidade”, conclui o especialista.

Por fim, Philip destaca que é necessário levar em consideração que a infertilidade não é a incapacidade definitiva em gerar uma vida, visto que há diversos tipos de tratamento, entre eles: fertilização in vitro (FIV), inseminação intrauterina, injeção, indução da ovulação, entre outros.

Fonte: Dr. Philip Wolff