Sempre Materna

Meu filho bateu a cabeça, o que fazer?

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Nos primeiros passos o equilíbrio do corpo é o maior desafio dos bebês. Nesta fase, as mamães precisam ficar atentas a todos os movimentos para tentar evitar as frequentes quedas. Mesmo assim, os tombos são inevitáveis e quando acontecem, a maior preocupação dos pais é quanto a pancadas na cabeça. Isso, porque ainda existe muito mito em torno da “moleira”.

As fontanelas, nome original das moleiras, são aberturas na caixa craniana, que junto com as suturas (pequenas linhas de separação entre os ossos da cabeça), facilitam a passagem do bebê na hora do parto e permitem o crescimento adequado do cérebro. Além disso, fazem com que o aumento da pressão intracraniana seja mais tolerável, o que torna o crânio mais resistente a traumatismos e protege ainda mais o cérebro do bebê.

Contudo, mesmo as moleiras sendo uma proteção natural, é difícil identificar lesões internas. Então, como saber a hora de ir para o hospital?

O neurocirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo, Fernando Gomes Pinto, orienta sobre o assunto:

Sinal verde

“Se a queda for da própria altura da criança está dentro do limite aceitável e, portanto, não é preciso se preocupar”, afirma. Mesmo assim, é necessário que o pequeno seja observado por 24 horas e que o pediatra seja comunicado na próxima consulta.

Sinal amarelo

“Caso ocorram vômitos após o impacto, os pais devem levar o bebê para o hospital, pois pode ser indício de que houve fratura ou hematoma interno”.

Sinal vermelho

“Com apresentação de desmaio, sonolência excessiva, sangramentos pelo nariz ou ouvidos, convulsão, ou alteração de comportamento, é preciso procurar um pronto-socorro com urgência, para que seja feita avaliação médica e exames como raio-x ou tomografia”, explica.

O especialista diz, ainda, que ao contrário do que se pensa, quando uma criança bate a cabeça, evitar que ela durma não protege a formação de lesão cerebral. “Mesmo o cérebro possuindo características que amortecem as pancadas e evitam lesões graves, é bom não tirar os olhos dos pequenos, pois a agilidade em se movimentarem pode levar ao coma e até ser fatal”, finaliza Fernando.

 

Fonte: Fernando Gomes Pinto