Segundo o especialista em reprodução humana, Selmo Geber, da Clínica Origen – referência em medicina reprodutiva na América latina, mesmo que não haja tratamento da medicina reprodutiva, após os 40 anos há maior risco de gravidez múltipla. “As mulheres já nascem com todos os foliculos/óvulos que irão usar durante e vida. Com o passar dos anos, o número de folículos diminui. Com isso, a hipófise (que é a glândula que estimula o crescimento folicular) aumenta a produção hormonal para estimular o crescimento folicular. Esse aumento pode fazer com que mais folículos cresçam e com isso mais óvulos estarão à disposição dos espermatozoides. Uma vez fecundados, formarão mais embriões que poderão implantar no útero”, explicou.
Selmo Geber informa que, em ciclos naturais, em mulheres com idade menor que 40 anos a chance de gravidez múltipla é de aproximadamente 1% para casos de gêmeos não idênticos. Para uma gestação trigemelar, a probabilidade é menor. E para ter gêmeos idênticos, é menor ainda.
O médico aproveita para dizer os fatores que aumentam as chances de gravidez múltipla. “Mulheres com história familiar de gemelar têm risco um pouco maior e as que estão em tratamento para infertilidade tem um risco bem maior, podendo chegar a 5% em casos de FIV”, confirmou.
De acordo com o especialista, nos casos de tratamento com indução da ovulação, o motivo para o aumento da probabilidade é devido à estimulação hormonal para que mais folículos cresçam e com isso aumente a chance de gravidez. “Nos casos de tratamento com fertilização in vitro, a chance é maior pois transferimos mais de um embrião para o útero, também para aumenta a chance de gravidez – o que pode gerar a implantação de mais de um”, comentou.
Fonte: Selmo Geber