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Neurocirurgias diminuem complicações em bebês

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Alta tecnologia e cuidados especiais reduzem as complicações nos bebês com doenças neurológicas.

As cirurgias neurológicas em recém-nascidos são delicadas e de alta complexidade. Exigem ambientes e estruturas de UTI Neonatal, além de cuidados especiais. “As equipes precisam ser coesas e muito experientes – tanto no uso de materiais quanto nas sequencias de cirurgias, e os protocolos devem ser muito bem estruturados”, enfatiza Nelci Zanon Collange, Neurocirurgiã com Especialização em Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Samaritano.

A hidrocefalia é uma doença neurológica mais prevalente nos recém nascidos.  e o tratamento cirúrgico pode ser temporário ou definitivo. Os métodos temporários, indicados para bebês que apresentam quadros de infecção ou hemorragias, incluem as Drenagens Ventriculares Externas (DVEs), que consistem na colocação de sistemas de drenos protegidos de contaminações externas, e as Lavagens Ventriculares por Neuroendoscopia (cirurgia por vídeo), utilizadas com o objetivo de diminuir o tempo de uso das DVEs.

Já as Derivações Ventriculares Internas (DVPs) e a Ventriculsotomia Endoscópica (TVE) fazem parte dos métodos definitivos. O primeiro é composto por sistemas de cateteres que fazem a comunicação da cavidade ventricular da cabeça do bebê com a região do peritônio, no abdômen. O segundo tem como objetivo a comunicação interna no organismo do recém-nascido e também é realizado por Neuroendoscopia.

Cuidados especiais

Em recém-nascidos, hipotermia e anemia representam os maiores riscos no procedimento cirúrgico. “Porém, são passíveis de prevenção pela equipe multidisciplinar e multiprofissional envolvida”, explica a especialista.

 

Controle rigoroso da temperatura dos bebês e de todos os ambientes, transporte adequado e monitorado, material cirúrgico pequeno, delicado e adaptado para cada procedimento e a presença de uma equipe interdisciplinar treinada para prevenir ou tratar possíveis intercorrências são, entre outros, alguns dos cuidados adotados para as cirurgias em bebês. “A UTI pediátrica é voltada para o atendimento de crianças maiores; prematuros e recém-nascidos requerem uma estrutura adequada”.

Além da UTI Neonatal de ponta, o Hospital Samaritano mantém uma unidade externa que recebe bebês nascidos em outras maternidades e que precisam de tratamentos intensivos clínicos ou cirúrgicos. Como resultado, o tempo de internação e as complicações desses bebês diminuem.

 

 

Fonte: Hospital Samaritano de São Paulo