Música, movimento, ritmo e concentração, combinação perfeita para gestantes, mamães e bebês. Praticar aulas de dança é saudável mesmo antes de nascer. Mais do que relaxante, acarreta benefícios para seus praticantes, diretos ou indiretos (feto), além de contribuir para o momento do parto. Após o nascimento, os bebês também são ótimos parceiros.
Com a vida agitada dos dias atuais e a ativa participação feminina no mercado de trabalho é comum que as futuras mamães tenham a impressão de que as horas “voam” e os nove meses parecem diminuir. Dedicar tempo para curtir o barrigão e os bebês pode ser tarefa difícil para as mulheres modernas.
“Um dos benefícios é o fato de a aula ser um momento exclusivo de comunicação entre mãe e filho. Dançar é uma oportunidade de sentir a gravidez e o bebê e de se preparar para o parto de forma bastante concreta”, explica a bailarina e professora de dança Tatiana Tardioli.
Dividas em duas etapas: durante e depois da gravidez, os movimentos são elaborados de acordo com os limites dos ‘bailarinos’. “É importante ressaltar que por ser atividade física, é necessária a liberação do obstetra/pediatra”, recomenda.
Gestação
Segundo Tatiana, o ideal é que se inicie a partir da 12ª semana até o final da gravidez, mas quem já praticava exercícios pode começar mais cedo. Alongamento, fortalecimento muscular, relaxamento e respiração. “O objetivo é contribuir para que elas conheçam seu corpo, melhorem a oxigenação e a circulação sanguínea, além de ajudar também no controle de peso”, enfatiza.
Com aproximadamente uma hora de duração, o primeiro passo é uma breve conversa para saber sobre as necessidades físicas e emocionais das participantes. Em seguida, a atenção das futuras mamães é toda voltada ao seu próprio corpo e ao filho. “É uma aula empenhada no autoconhecimento e no prazer de vivenciar a gravidez com intensidade. E resulta na experiência positiva de contato com o bebê e desenvolvimento de comunicação amorosa desde o útero”, afirma a professora.
Depois de todos bem envolvidos e relaxados, entra em cena a dança, ao som de músicas instrumentais tranquilas e alegres. Segundo a bailarina o ambiente deve ser calmo e aconchegante para que elas se sintam a vontade, portanto, nada de platéia. “Trabalhamos a base de improvisações direcionadas à exploração do movimento, percepção dos apoios, dos impulsos, da relação com o espaço, com o bebê e com as outras grávidas”, diz Tatiana.
Para finalizar, alongamento e exercícios de respiração não podem ficar de fora. “Muitas vezes compartilhamos sensações e impressões sobre o que foi dançado e quem gosta de escrever, também pode dar-se um tempo para registrar, se quiser”, conta Tardioli.
Parceiro
Com um mês e meio de idade o recém-nascido já pode entrar na dança. Tatiana explica que após o nascimento as aulas não devem ser abandonas. “O bebê participa dos exercícios de alongamento e fortalecimento, de acordo com sua idade, se sustenta a cabeça, se senta ou não. Há um olhar cuidadoso e individualizado o tempo todo para eles. Os maiores ficam atentos a tudo e costumam sorrir bastante, outros relaxam de mais e dormem”, diz a professora.
E finaliza: “A proximidade com a mãe, o aconchego e o balanço enquanto dançam juntinhos fazem com que a criança sinta-se amada, protegida e relembre a sensação gostosa de quando estava intra-útero. Não menos importante é destacar outro benefício: redução da incidência de cólicas e favorecimento da amamentação, frequentemente eles mamam enquanto dançam”.
Fonte: Sempre Materna