Diversos laboratórios privados no país começam a adotar em 2013 um novo exame de sangue simples. É o NIPT – PanoramaTM, que poderá substituir a amniocentese, exame invasivo que retira líquido amniótico do útero para diagnóstico de anomalias cromossômicas no bebê, como a Síndrome de Down.
O novo exame é feito no início da gravidez, quando algumas células do embrião já passaram para o sangue da futura mamãe. Nesta fase, retira-se uma pequena amostra deste sangue para uma comparação das cópias dos cromossomos estudados entre o feto, a mãe e o pai. A amostra é enviada para os Estados Unidos e o resultado do exame demora cerca de 10 dias.
De acordo com o Instituo Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), o NIPT – PanoramaTM é indicado principalmente para: gestantes com idade avançada; alterações de outros marcadores no sangue; história pessoal ou familiar de aneuploidia; ultrassom anormal.
O diretor do IPGO, Arnaldo Cambiaghi, conta que, o fato de a maioria dos resultados ser negativo trará tranquilidade aos pais por saber, de antemão, que o bebê não terá alguma síndrome. Assim, não serão surpreendidos no dia do parto com o nascimento de um filho com doença cromossômica
“Caso o resultado do exame seja positivo, o casal terá tempo para se preparar, se informar sobre a doença e criar ambiente ideal para receber a criança. É importante ressaltar que, diante dessa situação, a interrupção da gravidez é proibida pela lei brasileira e pela ética”, acrescenta.
O NIPT – PanoramaTM não poderá ser realizado em gestações múltiplas, nem quando foi usado óvulo de doadora ou em que a mãe teve um transplante de medula óssea.