Não é só a mulher que fica grávida. O homem também sente medo, tem dúvidas e, às vezes, tanto receio quanto a futura mamãe.
Como o processo de gestar, parir e amamentar é exclusividade da mãe, todas as atenções se voltam para ela. Porém, com a gestação, surge também um novo personagem: o pai. Figura de extrema importância e coautor dessa nova história, mas que muitas vezes não sabe qual é o seu lugar, tão pouco como desempenhar esse papel.
É importante que a futura mamãe inclua seu parceiro no processo da gestação, pois o homem, durante a gravidez, vivencia mudanças psicológicas, caracterizando processo elaborativo e adaptativo que ajudará na construção da nova identidade.
O futuro papai deve e pode participar da gestação de forma ativa e afetiva. Ele deve ser estimulado a participar das consultas pré-natais e dos exames de rotina. Compartilhar as experiências da gestação aproxima afetivamente o casal e favorece a formação do vínculo afetivo entre pai e filho, que é igualmente importante para a o desenvolvimento infantil. O crescimento saudável de uma criança advém da segurança afetiva oferecida pelos pais.
Hoje, a paternidade é entendida como algo maior que a participação biológica na gestação. O afeto está cada vez mais presente na construção desse papel e os fatores pessoais são cada vez mais valorizados.
Existem muitos modelos de pai e nenhum é absolutamente certo ou totalmente errado, porém a literatura descreve os tipos mais comuns:
Pai participante
Personalidade madura, bons recursos adaptativos, motivados com a gestação, compreendendo esse momento como projeto de vida do casal.
Pai possessivo
Assume postura fiscalizadora e de cobrança da gestante. Questionador e inseguro. Personalidade machista.
Pai ausente
Evita contato e envolvimento com a gestação. Tende a buscar no excesso de trabalho a justificativa para sua ausência, mas na verdade precisam fugir do confronto com sua nova condição de vida. Denotam imaturidade emocional e despreparo diante da paternidade.
Fonte: Sempre Materna