Sempre Materna

O Pediatra na Sala de Parto

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Com o período de gestação chegando ao fim, aproxima-se o dia mais aguardado dessa longa espera de tantas transformações físicas e emocionais. Nesse momento especial, mãe e filho devem receber o atendimento adequado e, para que isso aconteça, é fundamental que a equipe médica seja composta por um obstetra, um anestesista e também um pediatra/neonatalogista.

O nascimento é o momento mais perigoso para o ser humano em toda a sua existência, porque a chance de haver alguma intercorrência com lesão cerebral é maior nesse momento do que no resto da vida. Na verdade, vencer o nascimento de maneira saudável como ocorre com a maioria é um feito da natureza. Quando ocorre qualquer problema, a atuação do pediatra é fundamental. No Brasil ainda morrem aproximadamente 15 recém-nascidos por dia em decorrência de condições associadas à asfixia perinatal. Entre os bebês que nascem a termo, 6% precisam de ventilação. Estima-se que, no país a cada ano, 300.000 crianças necessitem ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer e cerca de 25.000 prematuros de baixo peso precisem de assistência ventilatória na sala de parto.

A importância da presença do pediatra ou neonatologista na sala de parto é reconhecida pelo Ministério da Saúde desde 1993, quando o pediatra passou a ser requisitado para assistir todos os partos. É o pediatra que dá os primeiros cuidados ao recém-nascido e, principalmente, intervém nas situações emergenciais, garantindo um nascimento sem complicações para o bebê. O profissional deverá estar informado sobre a saúde da mãe, a evolução da gravidez e suas possíveis complicações; diante disso o Ministério da Saúde indica/implementou que durante o pré-natal as gestantes consultem também um pediatra (por volta da 33º/34º semana) para sanar dúvidas e se preparar para semana do pós-parto.

 

Fonte: Dra. Flavia Oliveira, pediatra e neonatologista – UP Date