Estima-se que 6% das crianças menores de três anos apresentam algum tipo de alergia alimentar (AA). Especialistas afirmam que entre os desafios para a prevenção da doença está a identificação da criança com risco e o diagnóstico preciso. Isso porque os sintomas podem ser confundidos com quadros relacionados a outras doenças.
A alergia alimentar é a resposta do sistema imunológico quando detecta algum componente da dieta como “perigoso” ao organismo e passa a produzir anticorpos contra ele, causando reações de hipersensibilidade.
A hereditariedade também está entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença nas crianças. Pesquisas indicam que a chance da criança desenvolver manifestação alérgica – não necessariamente alimentar- é três vezes maior, caso os dois pais apresentem histórico de alergias e duas vezes maior quando apenas um deles tem (se compararmos com filhos de pais sem antecedentes alérgicos).
Muitos métodos são aplicados para investigação da AA. Atualmente, o mais indicado é o teste de provocação oral, com a retirada do alimento suspeito por duas a seis semanas, seguida de nova exposição, sempre acompanhada pelo pediatra, preferencialmente em ambiente hospitalar.
Ao primeiro sinal de alteração no comportamento ou no corpo do pequeno, a família deve procurar o pediatra, que dará início ao acompanhamento para definição do diagnóstico e, confirmado quadro alergênico, determinará tratamento adequado.
Antes da definição do diagnóstico devem ser mantidas as orientações já conhecidas em relação à alimentação do bebê. Até os seis meses de idade, a oferta de leite materno como alimento exclusivo é a principal recomendação. Após esse período, a criança deve iniciar a ingestão de novos alimentos, mesmo aqueles popularmente reconhecidos como alergênicos, como ovo e peixe.
Fonte: Sempre Materna
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