Crianças e adolescentes estão cada vez mais interessados em jogos virtuais. Diversos desafios aparecem diariamente na internet, aguçando o interesse dos jovens. Recentemente, uma menina de sete anos morreu após participar de um jogo virtual, no qual o objetivo era inalar o máximo possível de desodorante aerossol. A comoção com o caso, fez com que os pais ficassem mais atentos sobre os desafios publicados na web.
De acordo com Maria Lucia Marques, especialista em psicologia escolar, psicopedagogia, jogos, educação, “os responsáveis devem acompanhar de perto, não apenas os jogos virtuais, mais todas as atividades que estão envolvidas no “mundo virtual”, pois as mensagens subjetivas na construção do universo psicológico transcendem os espaços virtuais para a percepção do que é real e do que deve ser mantido apenas na esfera da imaginação”, comenta.
Diante disso, a especialista explica como perceber e agir frente ao problema.
Como perceber que algo está acontecendo?
Hoje em dia, é muito comum observar os jovens entretidos com seus celulares, tabletes, computadores e outras “ferramentas” de tecnologia. Os pais devem acompanhar de maneira mais próxima estas influências, é importante estarem atentos não apenas nas “ferramentas”, mas sim aos níveis de mudanças de comportamento e atitudes que estes jovens podem apresentar.
De que forma eles podem procurar ajuda?
A primeira ajuda deve ser dada pelos próprios pais, no sentido de proporcionarem a conscientização sobre o uso e o alcance destas tecnologias. Caso tenham dificuldades, é importante buscar por profissionais que possam contribuir com este processo, como psicólogos, orientadores pedagógicos das escolas, entre outros.
Limitar o acesso à internet, rastrear sites acessados seria uma alternativa?
Este tipo de ação mostra-se como uma das ações que estes pais podem utilizar, porém, se estabelece mais como uma ação coercitiva de controle do que a real conscientização do próprio usuário. Dependendo da faixa etária, esta é uma conduta que pode trazer alguns resultados, mas para jovens e adolescentes não representa uma alternativa com grande probabilidade de êxito, pois existem meios de “burlarem” estes controles.