Dr. Jorge Huberman fala sobre como identificar os sinais da doença e o que fazer para proteger os filhos
O número de casos de Dengue aumentou significativamente este ano. Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro até o início de março, o país registrou 224 mil casos. O Estado de São Paulo concentra 55% dos registros, são mais de 123 mil pessoas diagnosticadas com a doença. Se o adulto adoentado já sofre com os sintomas, uma a criança então sofre ainda mais.
“A dengue na criança pode começar com um quadro de síndrome febril com sinais de fraqueza, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos e diarreia. Os sintomas podem ainda regredir alguns dias depois de aparecerem deixando uma falsa impressão de melhora para os pais do pequeno, mas o quadro clínico depois pode voltar a piorar”, alerta o pediatra.
Existe ainda uma forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica. Ela acontece quando a pessoa já foi infectada anteriormente por um tipo diferente do vírus. “Na dengue hemorrágica os sintomas são mais intensos. Podem acontecer hemorragias nasais, gengivais, urinárias e gastrointestinais. Há também ocorrências raras em que a pressão arterial baixa tanto que pode levar a um choque e até a morte”, explica Dr. Jorge.
Dr. Jorge dá algumas dicas aos pais: “Não medique seu filho antes de consultar o médico, deixei ele em repouso e, o mais importante, combata os focos de acúmulo de água na sua residência. A dengue não é contagiosa e, para se infectar, a criança precisa ter sido picada pelo mosquito hospedeiro da doença, o Aedes aegypti”, completa o médico.
Fonte: Dr. Jorge Huberman – pediatra e neonatologista