Por dois
Já nas primeiras semanas da gestação o embrião começa a ganhar forma. A partir de então, a mulher precisa de aproximadamente 3 mil calorias por dia como suporte energético, com grande quantidade de carboidratos, um dos principais alimentos para o feto – glicose, junto a proteínas, vitaminas e minerais.
Segundo o ginecologista e obstetra Adriano Armelin, para controlar o oxigênio do bebê, e evitar a anemia, o ferro é um dos grandes personagens na gravidez, pois ajuda na constituição das hemácias. “É recomendada uma suplementação de 30 mg de ferro elementar diariamente para evitar a anemia da mãe e também para o bebê formar suas próprias hemácias”, diz o especialista.
Além do ferro outros minerais, são extremamente importantes e por mais completa que seja a dieta, o organismo é carente de suplementação. Para a formação dos ossos, desenvolvimento muscular e diminuição da hipertensão na gravidez deve haver na dieta diária da mulher 1000mg de cálcio.
O crescimento do bebê é estimulado pelo cobre e zinco, que diminuem as chances do bebê prematuro. E, fundamentalmente, o ácido fólico, que deve ser suplementado, cerca de três meses antes da concepção. Pode ser encontrado nos alimentos como cereais, arroz, vegetais, legumes e laranja. “Neste período ocorre a formação do bebê, níveis de ácido fólico adequados protegem o feto de malformações do sistema nervoso.
Recomenda-se ingerir 5 mg por dia”, explica o ginecologista, que ainda completa: “Toda gestante deve lembrar a importância das orientações do médico pré-natalista, incluindo a suplementação na sua dieta”.
Leitinho enriquecido
Após uma gravidez saudável, muitos benefícios podem ser aproveitados na amamentação. O leite materno, para ser rico em todos seus ingredientes – gordura, mineiras, vitaminas, enzimas e imunoglobinas – e o único alimento para a criança até os seis meses de idade, exige a dedicação da mamãe.
A vitamina A (gema de ovo, fígado, vegetais verdes escuros e amarelos) e o complexo B (hortaliças folhosas verdes, leguminosas, suco de laranja) não podem ser esquecidos, pois ajudam sustentar a lactação.
“Para manter a qualidade desse leite e ainda manter a energia da mãe, além de uma alimentação adequada, também é recomendada uma suplementação através da ingestão de polivitamínicos”, finaliza o ginecologista e obstetra Franco L. Chazan.
Assim, a mamãe será saudável e terá ótimos resultados na amamentação. Converse com seu médico e saiba como suprir suas necessidades.
Diferenças entre os leites | |||
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100 ml | Humano | Vaca | Cabra |
Água (%) | 87 | 86,9 | 87 |
Energia (kcal) | 69 | 66 | 71 |
Proteínas (g) | 1,0 | 3,3 – 4,0 | 2,9 – 5,6 |
Gorduras (g) | 3,8 | 3,6 – 5,2 | 2,4 – 7,8 |
Carboidratos (g) | 7,1 | 4,7 – 5,1 | 4 – 6,3 |
Lactose (g) | 7,0 | 4,8 – 5,0 | 4 – 6,3 |
Cálcio (mg) | 28 | 120 | 130 |
Fósforo (mg) | 14 | 100 | 110 |
Ferro (mg) | 0,07 | 0,05 | 0,04 |
Vitamina A (mg) | 60 | 35 | 40 |
Vitamina B2 (mg) | 0,03 | 0,15 | 0,15 |
Ác. Nicotínico (mg) | 0,22 | 0,08 | 0,19 |
Vitamina C (mg) | 3,7 | 1,5 | 1,5 |
Vitamina D (ug) | 0,020 | 0,03 | 0,06 |