Sempre Materna

Sempre juntos

Sempre Juntos

Não há segredo para relacionamento duradouro, não há mistérios, não há truques. Um relacionamento duradouro se constrói todos os dias baseado num aprendizado constante. Não é nem de longe perfeito, simplesmente porque os seres humanos não são perfeitos. Existem brigas de vez em quando, existem problemas a serem resolvidos, coisas a serem conversadas, abdicações a serem feitas, compromissos a serem cumpridos.

“O relacionamento do casal, como todos os existentes em nossa vida, requer investimento. Se pensarmos em investimento financeiro, ninguém quer errar ou entrar para perder. Nos relacionamentos também não”, afirma a psicóloga clínica Ivete Halpern. Para investirmos é preciso dedicação e intimidade. “Essa intimidade não é somente a física, que é importante pois garante a relação de casais e não a relação de irmãos ou amigos, mas a intimidade de sonhos e de projetos, visando o crescimento de cada um dos parceiros e dos dois juntos”, completa. Sendo assim, o casal que investe neles mesmos estará pressupondo lucros.

Quando um casal se une, as famílias também acabam interferindo no cenário das relações e isso deve ser bem equacionado para somar e não dividir. Com o respeito existindo, começa uma nova matemática: de 4 ou mais (as famílias), os tornamos 2 (o casal), depois 3 ou mais (com o nascimento dos filhos) e no futuro retornam a 2 (quando os filhos crescem e o casal volta a ficar sozinho). “O relacionamento precisa se adaptar a todas essas fases e evoluir com cada mudança”, aconselha Ivete Halpern.

De acordo com a psicóloga, quando nasce o primeiro filho, sendo ele único ou precedendo outros, a preocupação do casal unido deve ser mantida como foco. É diferente falar de envolvimentos intensos com atividades específicas de envolvimentos rotineiros como forma de relação. Às vezes, por exemplo, um dos parceiros se envolve com trabalho ou com os filhos, deixando o outro em terceiro plano (muito comum a mulher realizar-se com a maternidade e esquecer-se do companheiro). “Certa vez atendi um pai que era apaixonado pela esposa e pelo filho, mas se sentia excluído da relação dos dois. Quando chegava em casa sentia-se intruso, pois a mulher e o filho estavam numa relação tão simbiótica que ele poderia entrar e sair sem ser notado”, relata.