Sempre Materna

Será que estou amamentando o suficiente?

Será que estou amamentando o suficiente?

Confira as perguntas mais comuns feitas nos consultórios médicos sobre a amamentação

Como saber se o meu filho está mamando o suficiente?

– Existem alguns parâmetros que ajudam a chegar a essa resposta. O primeiro e mais importante é o desenvolvimento do bebê. Se ele está dentro da curva de crescimento, gráfico usado pelos pediatras para avaliar altura e peso, de acordo com a idade, fique tranquilo. Esse índice é medido a cada consulta. Porém, em casa, você também pode ter uma ideia ao observar se a frequência do xixi e do cocô está dentro do esperado. Em geral, nos primeiros dois meses, ele usa de oito a dez fraldas ao dia e, dos 3 aos 6 meses, de seis a oito.

 

Sempre penso se devo acordar o bebê para mamar à noite.

– A recomendação atual é de que a amamentação seja feita em livre demanda, ou seja, quando e quanto o bebê quiser. E não se preocupe: o seu filho vai despertar sozinho ao primeiro sinal de fome. Em algumas situações raras, no entanto, a medida é necessária para proteger a criança. É o caso dos bebês prematuros e de baixo peso (porque tendem a dormir mais) ou com diagnóstico de hipoglicemia (para evitar que o nível de açúcar no sangue fique abaixo do normal). Por outro lado, existe a crença de que o bebê alimentado com fórmula infantil acordaria menos à noite, pois estaria mais “saciado”.

 

“Uma pesquisa da Universidade Swansea (Reino Unido) feita com 715 mães de bebês de 6 a 12 meses, porém, mostrou que o tipo de leite que a criança toma não interfere nos despertares noturnos”.

 

A licença-maternidade acabou, como faço para manter o aleitamento?

– Duas semanas antes da volta ao trabalho, você pode começar a extrair o excesso de leite materno aos poucos. Ele deve ser armazenado no freezer, em um recipiente de vidro, com data. Assim, o bebê já terá um pequeno estoque para os primeiros dias longe da mamãe. Lembrando que o leite pode ficar até 12 horas na geladeira ou 15 dias no congelador. Mas deve ser descongelado naturalmente ou em uma panela em banho-maria desligado (aqueça a água até ela fazer bolhas, desligue o fogo e só depois coloque o frasco). Já no trabalho, mantenha o processo de ordenhar as mamas e armazenar o leite pelo menos uma vez ao dia, desde que o local seja adequado. O leite tem de ser oferecido ao bebê morno ou em temperatura ambiente, de preferência, em um copinho de borda arredondada ou de bico rígido (se houver uma válvula interna, retire-a para não interferir na sucção). O esforço vale a pena

 

É verdade que o leite muda de composição quando meu filho fica doente?

– O leite materno é um alimento vivo, ou seja, sua composição tende a variar, sim. Ele pode ser mais ralo no começo da mamada, por exemplo, e mais “gordo” no fim – mas isso nem sempre acontece. Se o bebê estiver doente, o contato da boca com o mamilo faz com que os micro-organismos ali presentes “informem” ao organismo materno a presença de corpos estranhos. Isso vai fazer com que ele produza anticorpos para combatê-los numa próxima mamada. Mas esse processo também pode acontecer caso os germes cheguem até a mãe pelo ar.

 

Estou com dificuldade para amamentar. Posso recorrer à relactação?

– A relactação, processo no qual uma sonda ligada a um recipiente com leite (de preferência materno) é fixada no seio da mãe, costuma ser usada para estimular a produção com ajuda da sucção do bebê. Normalmente, ela costuma ser indicada para mães adotivas e de prematuros que ficaram muito tempo internados. Mas nada impede que outras mulheres, como as que tiveram de interromper o processo de amamentação por conta de uma mastite, por exemplo, lancem mão da técnica.

 

 

 

Fonte: Globo.com