Eleito como Melhor Espetáculo Jovem 2017 e Melhor Cenografia pelo Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, o musical infantil Buda faz curta temporada no Teatro Porto Seguro, dias 2 e 3 de junho, aos sábados e domingos, às 15h.
Com dramaturgia e direção de Marcelo Romagnoli e direção musical de Tata Fernandes, o espetáculo mistura elementos de várias tradições para narrar a história do jovem príncipe Sidarta Gautama, que abandonou os luxos do palácio para conhecer o mundo real e alcançou a iluminação após uma profunda jornada de autoconhecimento.
Com onze artistas em cena e música ao vivo tocada em cerca de 30 instrumentos de várias origens, o elenco conta com Alexandre Faria, Cláudia Missura, Edu Mantovani, Lelena Anhaia, Luciana Araújo, Nina Blauth, Nô Stopa, Olívio Filho, Simone Julian, Tata Fernandes e Thiago Amaral.
“Figura emblemática principalmente para a cultura oriental, o desafio de superação do jovem Sidarta até alcançar a Iluminação e transformar-se em Buda é também um profundo ritual de passagem, pelo qual todos nós passamos durante a vida”, fala o diretor Marcelo Romagnoli.
Segundo a tradição, Sidarta foi concebido pelo Espírito da Verdade, que desceu a Terra sob a forma de elefante branco. Gurus previram seu destino, mas seu pai, o Rei Sudodana, queria que o filho seguisse seus passos e durante 29 anos escondeu de Sidarta o sofrimento e as misérias do mundo. Confinado pelos muros do palácio, desfrutou então de uma infância e adolescência de prazeres intermináveis.
Certa noite, porém, sua grande descoberta tem início quando foge para conhecer a cidade, o lado real da vida. A dura realidade da existência, marcada pela velhice, doença e morte fazem Sidarta mudar totalmente seu pensamento. O encontro com o Outro é o começo do encontro consigo mesmo. Naquele momento, decide cortar os cabelos, vestir-se com os trapos do desapego e partir em busca de um caminho que acabe com a eterna roda do sofrimento humano.
Debaixo da famosa árvore baniana, medita até encontrar a Verdade, enfrentando as tentações de Mara, o demônio dos desejos. Finalmente vence a própria mente e encontra a Iluminação, transformando-se então em um Buda, ³o homem que despertou².
Numa sociedade contemporânea cada vez mais individualista e solitária, a lenda do príncipe da pobreza ganha força especial, mostrando que depois de tantos séculos sua mensagem ainda é urgente.
A encenação
O texto de Marcelo Romagnoli busca inspiração em clássicos da literatura oriental, principalmente no Damapada, um compêndio de versos que trata dos ensinamentos e da prática budista, para criar uma dramaturgia leve e ágil, recheada de filosofia e de humor. O espetáculo não faz nenhuma apologia de ordem espiritual. Concentra-se, antes de tudo, em potencializar os aspectos da aventura humana de Sidarta, criando várias identificações com o espectador atual, de todas as idades.
Estão presentes na encenação influências da cultura popular brasileira, como o Caboclinho e o Reisado, e do Bollywood, as modernas danças da Índia. Outra influência importante para a encenação é o conceito do ator-narrador, proposto pelo teatro do diretor inglês Peter Brook, e a tradição oral africana, representada pela figura dos griots, contadores populares de histórias na África Ocidental.
A direção musical é da compositora e cantora Tata Fernandes. Com músicas inéditas e uma intensa pesquisa sonora para a trilha ao vivo, que mescla ritmos afros, orientais e nordestinos, a Banda Mirim canta e toca em cena mais de 30 instrumentos diferentes, entre uma variada percussão, sopros, sanfona, violão, kalimba, guitarra, viola e eletrônicos, como wave drum, criando um espetáculo que envolve toda a família.
O cenário, assinado por Marisa Bentivegna, recria o ambiente misterioso das florestas indianas e dialoga com a beleza árida das aldeias africanas, utilizando centenas de varas de vime e esteiras de junco. O forte visual do cenário dialoga com os figurinos criados por Thiago Amaral, que propõe um mix da tradição hindu com a cultura pop, usando muitas cores, acessórios e sobreposições.
Processo de criação
Desde que o projeto ³Buda – Cadernos de Pesquisa² foi selecionado pela 26ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo em 2015, a Banda Mirim vem pesquisando o universo e a vida de Sidarta Gautama, sobretudo em sua juventude.
Esse laboratório contou com uma coleta de histórias reais por meio de visitas que os artistas fizeram a abrigos de crianças abandonadas, casas de repouso para idosos em situação de vulnerabilidade social e centros de acolhimento para a população de rua e refugiados. Assim como o Buda, a companhia procurou deixar o conforto de sua sede para conhecer e vivenciar de perto as mazelas humanas contemporâneas.
A partir dessa experiência, foram compostas canções como Vai Encarar, que traduz as sensações dos atores-narradores nesse processo, e É o Bicho, que representa o encontro de Sidarta com a doença. A ideia da montagem é convidar os espectadores a pensar sobre o respeito à diversidade, a prática da tolerância e a vivência da cidadania.
O primeiro resultado do processo criativo foi o show Banda Mirim Canta Buda, apresentado no Sesc Consolação, em 2016, em comemoração ao dia das crianças. Esse espetáculo contou com a participação especial dos cantores Chico César, Anelis Assumpção e Arícia Mess.
O processo criativo também foi registrado no documentário Banda Mirim Doc # 1 | Notas De Uma Pesquisa (disponível em https://youtu.be/vAzY-k0EiAA) e no segundo volume da Revista Banda Mirim, com o título # 2 | Notas De Uma Pesquisa.
A peça estreou em novembro de 2017 no Sesc Santana, inaugurando um horário para toda a família: sextas e sábados às 20h e domingos às 18h.
Sinopse
A história mítica do príncipe Sidarta, que há 2.500 anos alcançou a Iluminação e se tornou Buda, é apresentada com música ao vivo pelos 11 artistas-narradores da premiada Banda Mirim. O musical, fruto de três anos de pesquisa, trata com humor e leveza sobre o despertar para o outro, a superação do pensamento e a busca pelo autoconhecimento.
Ficha Técnica
Dramaturgia e direção: Marcelo Romagnoli. Direção musical: Tata Fernandes. Com Alexandre Faria, Cláudia Missura, Edu Mantovani, Lelena Anhaia, Nina Blauth, Nô Stopa, Olivio Filho, Simone Julian e Tata Fernandes. Atores convidados e figurino: Luciana Araújo e Thiago Amaral. Ator substituto: Cristiano Meirelles. Cenário e iluminação: Marisa Bentivegna. Cenotécnico: Cesar Rezende Santana (Basquiat). Confecção de figurino: Silvany Maison Dádiva. Adereços: Márcio Maracajá. Máscaras e cenotecnia Daniel Roque. Som: Ernani Napolitano E Duda Gomes. Fotos: Georgia Branco. Vídeo: Daniel Carvalho Filmes. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de produção e cenotecnia: Isabella Neves. Produção executiva: Andrea Pedro.
BUDA com a Banda Mirim
Dias 2 e 3 de junho Sábados e domingos, às 15h.
Ingressos: R$ 50,00 plateia / R$ 40,00 balcão/frisas.
Classificação: Livre.
Duração: 60 minutos.
Gênero: Musical infantil.
TEATRO PORTO SEGURO
Al. Barão de Piracicaba, 740 Campos Elíseos São Paulo.
Telefone (11) 3226.7300.
Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ TEATRO PORTO SEGURO ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.
Bicicletário grátis.
Gemma Restaurante: Terças a sextas-feiras das 11h às 17h; sábados das 11h às 18h e domingos das 11h às 16h. Happy hour quartas, quintas e sextas-feiras das 17h às 21h.
Vendas: http://www.tudus.com.br
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Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA TEATRO PORTO SEGURO