Gravidez é sinônimo de frequentes visitas ao banheiro. Mas, na maioria das vezes, é para eliminar os líquidos. Já em relação aos sólidos… Que dureza!
Certamente você já ouviu falar que o fato de estar grávida provoca diversas mudanças no organismo da mulher. Mas nem sempre elas são positivas. A prisão de ventre, extremamente comum entre as gestantes, é uma destas grandes vilãs. “A mudança hormonal que ocorre com a gravidez ocasiona aumento da progesterona, que faz com que todo o trato digestivo funcione de forma mais lenta, incluindo o intestino. Em alguns casos, as vitaminas utilizadas no pré-natal também podem alterar o hábito intestinal”, explica a obstetra e ginecologista, Aricia Helena Giribela.
Variando a intensidade em cada mulher, este problema pode perdurar por toda a gestação. Os sintomas são inevitáveis, mas podem ser amenizados. “Fazer uma dieta alimentar rica na ingestão de fibras, com frutas, verduras, cereais e aumento da ingestão de líquidos traz bons resultados”, recomenda a especialista.
E como gravidez não é doença, os exercícios físicos, com orientação médica, são muito bem-vindos. Que tal um passeio no parque? Caminhar também é uma ótima opção para ajudar no funcionamento regular do intestino.
Para as futuras mamães que sofrem com fortes sintomas, o ideal é conversar com o obstetra para que ele tome providências mais eficazes. “Existem inúmeros medicamentos e chás com propriedades laxativas que a mulher pode utilizar dependendo da idade gestacional. Mas deve-se tomar cuidado ao comprar, pois sabemos que muitos produtos ditos ‘naturais’ têm, misturados em seu conteúdo, laxantes potentes e que não devem ser consumidos na gravidez”, alerta Dra. Aricia.
Praticando os devidos cuidados contra a obstipação, você evitará também outro problema, consequente deste: a hemorróida, vasos na região anal que podem trazer desconforto e sangramento nas evacuações. “Esta acentuação ocorre devido a uma congestão venosa, comum da própria gravidez, de modo geral aumentada com a força evacuatória”, diz a obstetra.
Todos esses desconfortos são passageiros e em função do desenvolvimento e bem-estar do bebê e será recompensado quando estiver com o bebê nos braços.
Fonte: Aricia Helena Giribela