Não há dúvidas quando falamos sobre os benefícios da amamentação. Atualmente, 41% das mulheres brasileiras dão o leite como único alimento ao bebê até os seis meses, conforme um estudo da revista médica inglesa The Lancet. Esse número coloca o Brasil a frente de outros países, como Estados Unidos e China. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) o considera baixo, uma vez que o índice ideal seria de 90% a 100%.
Outro dado que chama a atenção, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, diz respeito à recomendação da amamentação prolongada, realizada até os dois anos ou mais. No Brasil, apenas 25% das crianças são privilegiadas com a prática.
Segundo a coordenadora do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Goiânia de Pediatria, Dra. Simone Ramos, no leite materno estão presentes os nutrientes essenciais para o crescimento do organismo infantil. “O leite da mãe oferece gorduras, carboidratos, proteínas, cálcio, fósforo, vitaminas e ferro, todos disponíveis de forma balanceada variando de acordo com as etapas de desenvolvimento da criança”, diz. “Seus principais estágios de produção são: colostro, leite de transição e leite maduro. Além disso, o leite materno oferece anticorpos e outros fatores de proteção, como enzimas e probióticos”, completa a Dra.
Entre os principais benefícios do aleitamento materno está o aumento do QI dos pequenos se a amamentação ocorrer por dois anos, prevenção de doenças infecto contagiosas, além de aumentar o laço afetivo entre mãe e filho e reduzir as chances de várias doenças não apenas na primeira infância como também na adolescência e na fase adulta.
Para as mães, a amamentação pode reduzir a anemia materna, o risco de câncer de mama e de sangramentos.
Comparativo entre as composições do leite materno e do leite de vaca.
Fonte: Dra. Simone Ramos